Se você se sente sozinha e até um E.T por ter uma dor que está custando te deixar, coloco aqui a história de Danielle, que é contada no livro As Crõnicas da Dor. De forma resumida, conto aqui:
Dani era uma mulher de 30 anos que tinha uma saúde excelente. Trabalhava como redatora autônoma e adorava praticar esportes. Quando terminava uma série de pesos na academia que frequentava, o professor aproximou-se dela e perguntou-lhe se podia ajudá-la em alguma coisa.
Ele pediu para que Dani deitasse num colchonete para ajudá-la com os alongamentos. Ele optou por fazer um alongamento que usualmente não fazia, pedindo que ela virasse de bruços e segurou o tronco dela, fazendo um tipo de manobra quiroprática. Ela ouviu então um estalo, gritou de dor...e numa fração de segundos, a vida de Dani mudou.
A lesão herniara e desestabilizara a espinha. Dani perdeu o sono nessa noite, com dor e medo.Após 3 meses fazendo fisioterapia, a mobilidade foi recuperada, mas a dor não desapareceu.
Assim iniciou-se uma grande peregrinação por mais de 85 médicos e muito dinheiro gasto. Quando conseguiu encontrar um bom emprego, descobriu que não conseguia ficar sentada durante tantas horas para cumprir seus deveres. Então, passou a trabalhar quando se sentia bem, com períodos em que tinha que se deitar.
Embora tendo o apoio do marido, Dani se sentia sozinha. Os amigos também não entendiam. Quando tentava explicar: "meu pescoço está em brasa", eles diziam que ela parecia normal. Quando digitava, as dores desciam pelos braços, fazendo os dedos formigar.
"Ter dor cronica é como estar em guerra com o corpo. Fiquei desanimadíssima. Percebi que a vida como eu a conhecia, acabou."